20 de mar. de 2010

De todas as coisas bizarras que já me acontece- ram na Irlanda, acho que a mais engraçada foi quando eu e a Dani resolvemos carregar uma cômoda Dublin a fora. Sim, vocês leram certo: uma cômoda!!!

Íamos comprar uma cômoda na loja, bonitinho, com direito a entregador e tudo. Mas aí pensamos nas amigas que estavam indo embora e... ZAZ!!! Por que não comprar a cômoda delas? Além de barato, uma mão lava a outra. Beleza, cômoda comprada.

Aí veio a dúvida, como levar isso de Dublin 8 até Dublin 1? Vamos levar no braço ora bolas, gaúchas são além de tudo, fortes!

Fomos até a casa dos guris, pegamos a cômoda e para a nossa felicidade descobrimos que ela tinha rodinhas. Arrastamos como um carrinho de supermercado bem faceiras até a estação do trem e lá ficamos. Todo mundo olhando apavorado se perguntando o que essas doidas estavam fazendo, e todos rindo obviamente. Nós também, a cena era no mínimo ridícula.

Foi quando veio o trem, lotado. Sem problemas, estávamos no dia de folga, não tinha pressa em esperar o próximo, talvez viesse mais vazio... Que nada! Todos lotados, cinco da tarde, horário do hush!

Ficamos uns bons 20 minutos ali paradas escoradas na nossa linda cômoda quando vem aquela voz do alto (pensamos ser uma alma divina falando) e a voz dizia: "as duas meninas que estão paradas com um móvel, caso queiram entrar no trem, alertamos que o móvel é muito grande e não pode ser transportado no mesmo."

“Hahahahahahahahhaa” foi o que ouvimos de todos que assistiam essa tragicomédias.

O que fazer nesse momento: abstrai e assopra! Pega o celular e finge que está ligando para alguém, faz a loca desentendida e era isso.

Quando os próximos trens passaram seguimos adiante com a cômoda no braço, porque a essa altura do campeonato uma das rodinhas já tinha se auto-estragado.

Uma quadra depois, já estresadas e de saco cheio, pensando em deixar essa porcaria no meio do caminho!! Paramos para descansar do lado de um taxista. Conversamos com ele e tudo bem, colocamos a cômoda pra dentro. Detalhe, só uma de nós cabia no taxi, visto que a belezura era grande demais para um carro, quem dirá para ser arrastado por aí.

Fui indo a pé até a estação do trem de novo e deixei a Dani com a bendita, afinal, ela ia pagar a corrida mesmo.

Quando estava linda e faceira no trem me liga a Dani dizendo “ estou sem a chave”. Pronto, era só o que faltava, pois o dinheiro estava dentro de casa, muito bem trancado diga-se de passagem...

Resumo da ópera, o taxista teve que esperar eu chegar em casa para abrir a porta e pegar o dinheiro.

Indiada master, e agora a coitadinha vai ficar desamparada, não tem espaço para ela no meu novo rumo. Mas o porco e a vaca vão junto!!!


Vendo uma cômoda, 40 euros \o/

Um comentário:

Paulo disse...

HahahahahahahahhahahahahahahahhaaHahahahahahahahhaahahahahahahahhaaHahahahahahahahhaaahahahahahahahhaaHahahahahahaha!!!! XD