22 de ago. de 2012

e eis que o dia tão sonhado chega o final. faz-se desse momento uma mistura de alegrias e tristezas infinitas.

embora tenha passado cinco meses reclamando do ambiente de trabalho, hoje chegou a hora da verdade. caiu a ficha de que não vou mais ter as conversas intermináveis com pessoas legais que frequentavam o pub. nem terei a companhia diária de amigos que fiz por lá; nem a musiquinha gostosa que impreguinava a mente e não parava de tocar nunca mais. nem terei a grana que recebia, nem comerei as coisas gostosas que lá 'roubava', nem darei risada das coisas bizarras que via a todo minuto.

não terei o carinho dos seguranças que sempre foram muito preocupados com o meu bem estar; nem os cuidados do rapaz dos primeiros socorros, nem a ajuda de quem catava copo sem necessidade, nem os presentinhos que ganhava. foram tantos... bolinhos, biscoitos, sucos, sanduiches, chocolates e mais chocolates de todos os países.

também não terei mais nenhum bêbado fazendo bagunça, nem quebrando copos, nem virando bebida, nem caindo por cima de mim, nem gente grossa, nem gente caloteira, nem o mau humor dos gerentes, nem a prepotência de staff que se acha dono, nem os gordos que não sabem o espaço que ocupam, nem as bêbadas que querem armar confusão, nem os músicos abusados que se acham astros.

não terei mais essa rotina desenfreada de novidades e surpresas. 
não terei mais as conversas de balção com o pessoal do bar, nem as implicâncias com o chefe do carvery, nem as fofoquinhas de bastidores. não teremos mais as bebidinhas pós trabalho, um happy hour de madrugada.

mas foram tantas cosias boas, tantas lembranças, pessoas, aprendizados, que com certeza lembrarei do Oliver St Jhon Gogarty muito mais pelas alegrias do que pelas tristezas.